Tudo é construção, inclusive o amor. Na nossa sociedade midiática movida à competição constante, burra e autofágica deseja-se sempre algo "melhor", "superior" etc e nunca nos damos ao tempo e ao prazer de viver o que temos, já que a busca desenfreada pelo "melhor", "superior" etc nunca cessa. Nessa nossa mesma sociedade viciada numa lógica do "clean" e da "assepsia", não se tolera nenhum problema do outro. Nos impedimos de tolerar, conviver e aceitar. Somos educados para sermos prepotentes, arrogantes e intolerantes uns com os outros e para esperar que alguém nos aceite exatamente assim. Vivemos numa sociedade em que nos dizem constantemente que é impossível amar. Mas, opa! Isso é criação também! E eu escolho criar minha realidade como eu quiser. Foi mal dona mídia e dona moda mandonas, se eu tiver que ser "feliz" (não a felicidade doentia do rivotril que vocês vendem) será por mérito e escolha meus. E sim, eu posso amar e eu acredito no amor, porque eu não te peço hoje nem pedirei nunca autorização para criar ou viver o amor. Ele é meu, e não há produto, serviço ou carência que vocês criem que mude isso. Eu crio amor.
Que bom que pensas assim! Cada um construido seu amor, seus amores, uma vida amorosa, consigo e com todos...
ResponderExcluirIsso me remete à história de Narciso. Quantos de nós olhamos o outro em busca do nosso próprio reflexo nos olhos alheios, sem percebermos o outro verdadeiramente em sua essência. O amor só começa a ser construído a partir do momento em que busco o outro nele mesmo e não o eu. Gostei!
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