quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Entre sóis e desertos

E quando te invadirem uma tristeza e uma solidão enormes, e o mundo parecer um imenso deserto perante os teus sonhos. Quando você se sentir completamente isolado, abandonado, sozinho, vazio, oco, esse será o momento em que você deverá fincar os dois pés profundamente no chão, eleger a vida que quer ter e começar a cavar no cotidiano dos teus atos, um sentido que seja como fogo, que se alastre e inunde e transforme tudo ao teu redor em substrato da tua paixão. Porque talvez a ausência de sentido do mundo se cure com uma loucura apaixonada, sem nenhuma base além dela mesma. O que impede o sol de cair? Ele é o eixo.

2 comentários:

  1. Gostei demais...é o momento exato da decisão de deixar-se morrer, ou de respirar fundo e dar mais um passo.

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  2. Olá Renato, tudo bem?

    Conheci o seu blog por indicação da Mirian, pessoa que mesmo não conhecendo,admiro muito.
    Também estou por aqui, deixando meu comentário ao seu texto por tê-lo achado profundo, e por ter me questionado quanto à queda do Sol... Achei fantástico a ousadia que proporciona reflexão. A estrada que você tece ao longo do texto, as descobretas que surgem volta e meia às entrelinhas é de uma simplicidade e ao mesmo tempo de uma rebeldia misturada com melancolia, um "triz" de saudade, talvez paixão pela vida e um grande medo de perder a embarcação que vai sem rumo pela estrada que é nossa, mas não só nossa.

    Parabéns Renato.

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